quinta-feira, 29 de abril de 2010

De novo, as palavras

Às vezes eu solto as palavras e depois me arrependo. Quando escrevo, envio e desisto, sinto vontade de usar meu revólver imaginário na testa. Mas tem umas coisas ainda piores que eu penso. Ah, se tem. Aí escrevo metáforas, as malditas... Benditas, malditas metáforas. Companheiras da vida e da insanidade. Como aquela do 'fool on the hill, que vê o mundo girando e o sol se pondo com os olhos da mente. Há dias em que a ânsia de largar de mim mesma por um dia que seja é maior que a timidez dos meus versos tristes quando canto. Assistiu Magical Mistery Tour? Pois bem. É por aí.


Tema do dia
Letra: Mais Clara, mais crua
Geraldo Carneiro
Música:
Egberto Gismonti
Palhaço



I have ate up my own blood. Living. Day after day...


domingo, 25 de abril de 2010

Sometimes I wish I knew you well...

Tem uma canção dos Beatles que me remete àqueles momentos em que acreditamos ter todo o tempo do mundo para um dia decidir ser feliz. Sempre deixando para tentar da próxima vez. I Want to tell You é dessas músicas que são partituras humanas, de tão partes de nós, um reconhecimento como num espelho esquecido. Como largar as amarras do passado. Porque esse negócio de "I could wait forever" me lembra a gente que está sempre fugindo de si mesmo. Nem fugir, nem esperar, eu quero é viver.

It isn't me, it's just the mind...

I want to tell you,
My head is filled with things to say,
When you’re here,
All those words they seem to slip away.
When I get near you,
Things begin to drag me down,
It’s alright,
I’ll make you maybe next time around.
But if I seem to act unkind,
It’s only me, it’s not my mind,
That is confusing things.
I want to tell you,
I feel hung up and I don’t know why,
I don’t mind, I could wait forever,
I’ve got time.
Sometimes I wish I knew you well,
Then I could speak my mind and tell you
Maybe you’d understand.
I want to tell you,
I feel hung up and I don’t know why,
I don’t mind, I could wait forever,
I’ve got time. I’ve got time.

George Harrison

terça-feira, 20 de abril de 2010

TARDE

"A beleza e a tristeza da vida podem estar em situações como esta: descobrir, tarde demais, que se ama uma pessoa. Pode acontecer até com quem está ao nosso lado neste instante. Parece que é um amor morno e sem graça, e que se acabar, tanto faz, e só daqui a muitos anos descobrir que nada era mais forte e raro do que este sentimento. Tarde demais é uma expressão cruel. Tarde demais é uma hora morta. Tarde demais é longe à beça. Não é lá que devemos deixar florecer nossas descobertas."

segunda-feira, 12 de abril de 2010




"ILUSÃO, ILUSÃO...

VEJA AS COISAS COMO ELAS SÃO!"

Um Poema para encerrar esse assunto

Não chore suas lágrimas patéticas,
Aqui não!
Aqui tudo é verdade!
São apenas algumas bobagens
do dia-a-dia...
É brincar de dizer banalidades
amorosas...
(banalidades amorosas)
- Um gato encostou-se à minha porta,
Eu lhe dei leite (fresco)
Ele retribuiu: me arranhou
Me mordeu...
Eu lhe dei leite...
Não quero mais ver gatos!
Não quero suas lágrimas patéticas.

Rapunzell F.