sábado, 4 de outubro de 2008


O Lucas, um amigo, passou-nos esse link

http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/14/textos/288/

Após a leitura eu tive várias conclusões, e externei apenas uma delas, só para não perder de comentar, mas é tudo bem mais profundo do que eu acreditava... Não é acaso quando essas notícias chegam até nós.

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Voltando ao Samuel, a religião dele de tratar as criaturas do mundo com a mesma atenção, funciona até onde vai o limite de nossa paciência, acho. Há gente ruim, é fato, e às vezes isso é como ficar na frente de um canhão de guerra cujo acionador quer a todo instante te acertar e espera só a hora em que você vai estar justamente lá, mesmo que tentando ajudá-lo. Há gente que quando tratado mal é ruim, e quando é tratado bem fica pior ainda. Os espíritos de porco. Essas pessoas o Samuel com certeza encontrou pelo caminho, como nós às vezes encontramos. Eu demorei a redescobrir que nem todo mundo merece o bem, mesmo não merecendo que se faça o mal. Eu descobri ontem por dois motivos aparentemente diferentes, mas dando na mesma conclusão, o sentido da palavra ABSTRAIR. Considerar de modo isolado coisas que estão unidas por algum motivo, alhear-se. Raul dizia que cada ser humano era uma estrela, ou seja, que só precisávamos descobrir nossas potencialidades. E tudo isso, a frase e as experiências desse dia atípico em minha existência, me fez atravessar para outro grau de entendimento das pessoas: aquelas que merecem minha atenção e meu tempo, e aquelas a quem devo ficar alheia, 'abstraída', isolada, mesmo estando perto. Que não preciso conviver com quem eu não gosto só porque elas coincidentemente estão ali. Que a mente é poderosa. E que viver entre os humanos não é tarefa para qualquer um.