"Vontade de ser sozinho sem grilo do que passou
A taça do mesmo vinho sem brinde, mas, por favor
Não é que eu não tenha amigos, não, não é que eu não dê valor
Mas hoje é preciso a solidão em nome do que acabou
Vontade de ser sozinho, mas por uma causa sã
Trocar o calor do ninho pelo frio da manhã
Valeu a orquestra, se valeu! Agora é flauta de Pã
Hoje é preciso a solidão com a benção do Deus Tupã
E a quem perguntar quando o vento sopra responda que já soprou
Mas o vento não traz resposta, acabou
A flecha que passa rente
Cantor implorando um bis
O cara que sempre mente
A feia que quer ser miss
Gaivota voando sob o céu
A letra que eu nunca fiz
Tudo é a mesma solidão
Mas dá pra se ser feliz
E a quem perguntar quando o vento sopra responda que já soprou
Mas o vento não traz resposta, acabou
E todo mundo é sozinho, e ai de quem pensar que não
A moça com seu vizinho, soldado com capitão
E resta a quem tá sem seu amor amar sua solidão
Hoje é preciso um uivo de lobo na escuridão
E a quem perguntar quando o vento sopra responda que já soprou
O vento não traz resposta, acabou."
Poesia de Oswaldo Montenegro
Só
domingo, 5 de abril de 2009
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